Em meio a inúmeros alertas da ONU e enfrentando uma pandemia que cobrou da humanidade a capacidade de parar o giro do sistema para se recompor, o sistema global permaneceu tentando remendar a si mesmo. Passando-se dois anos de pandemia, a escolha dos grandes operadores dos modos de produção foi por manter a roda da economia como conhecemos em pleno movimento, apesar de todas as limitações e embaçamentos que podem causar catástrofes ainda maiores. Assumimos esta escolha política, mesmo distante das inúmeras disputas.
Estamos, enquanto espécie, diante de um flanco. Enfrentamos uma necessidade urgente de ruptura do paradigma atual que, diferente dos processos de mudança do iluminismo ou do modernismo, não passa por signos de busca de evolução da humanidade, mas sim pela própria necessidade de sobrevivência dela. Assim, nos resta a certeza de que não temos mais tempo de experimentações sem encarar os riscos de para onde a trajetória econômica está nos levando. Diante disso fica a pergunta: Como repactuar a economia global diante do dilema ambiental? Essa pergunta precisa de uma resposta aplicada em larga escala urgentemente.
Dentro deste dilema trago um recorte para reflexão: Os atuais avanços do mundo industrial já nos permitem gerar novos modelos que podem colaborar com a busca deste novo paradigma. O discurso vigente do sistema capitalista, que centra a produção em lucro, competitividade e propriedade do conhecimento (patentes, copyright, P&D) como fomentadores de uma sociedade mais eficiente já não cabe mais.… Leia mais